Guru da direita segundo o próprio, Olavo de Carvalho é dono de uma frase que diz muito também sobre ele: “Eu não trabalho para a direita brasileira; eu a inventei, porra!”. Na semana passada, Carvalho foi ao Youtube para fazer duras críticas ao projeto Escola Sem Partido. Disse ele, entre outras coisas, que nunca se prestaria a demonstrar uma tese a seus alunos e ser depois obrigado a refutá-la por força da obrigação de mostrar o “outro lado”. Para ele o debate sobre essa “bobagem” Escola Sem Partido que, no mais, é Escola Sem Sócrates, não deve e não deveria começar pelo legislativo (logo quem) mas sim pela universidade. Depois se espraiar a toda a comunidade. “O núcleo da discussão deve ser necessariamente a academia”. O professor Arthur Virmond de Lacerda compartilhou o vídeo em sua página no facebook para quem quiser ver (abaixo, também reproduzo). Olavo de Carvalho reclama a propriedade do slogan “Escola Sem Censura”. Afirma que há dois anos lançou a ideia e que agora o PT se apropriou dela. Culpa os pequenos burgueses por disseminar essa ideia burra. A saber: Sócrates foi condenado por negar os deuses do Estado e tentar criar outros (ele mesmo, inclusive, dizem as más línguas). Mais: por corromper a juventude, que é o que importa aqui. Dá no mesmo, sem reparos. A ideia de que alguém possa doutrinar o outro que não esteja disposto a ser doutrinado é tola. Um raciocínio de prestidigitador, de circo de mulher barbada, de show de horrores. Que bebam cicuta eles.
Dura vida de advogado
A mesma Folha de S. Paulo que anunciou, equivocadamente, a morte da monarca da Inglaterra, na manhã de segunda-feira – “Rainha Elizabeth