Na semana passada, o Ministério Público do Paraná fez um alerta à prefeitura de Curitiba acerca da imunização programada de funcionários de plano de saúde da capital que seriam vacinados sem pertencerem à linha de frente de combate à pandemia. O comunicado chegou tarde demais. Enquanto criava-se a polêmica na capital, funcionários da empresa no interior do estado já haviam recebido a vacina sem qualquer objeção por parte das autoridades de saúde. A lei prevê responsabilização civil e criminal dos responsáveis, mas o exemplo poderia começar por parte do próprio beneficiado. Caso não esteja vivendo em uma bolha desde o início da pandemia, alheio a qualquer informação, sabe que há uma fila a ser respeitada. Notícias dão conta que até mesmo empregados do departamento administrativo e do setor de tecnologia de informática do plano de saúde receberam a vacina, desconsiderando-se qualquer critério etário ou de comorbidade. O caso não é isolado. Há denúncias de que prefeitos de pequenos municípios do Paraná, juntamente com seus familiares, também furaram a fila. É a prática do cada um por si e ninguém por todos. Se esse egoísmo, que é o contrário de altruísmo, é uma das qualidades notáveis do brasileiro, estamos feitos.
OAB pensou “grande”
A OAB contabilizou o prejuízo com a pandemia e a consequente suspensão parcial de provas do Exame da Ordem, no ano passado e neste ano, e decidiu alterar o texto do edital do concurso.
De olho na arrecadação
A mudança no edital permite, a partir de agora, que o aluno de Direito que estiver no 8º período pode realizar o Exame desde que apresente matrícula referente ao último ano do curso no semestre seguinte. A R$ 260 por inscrição, a OAB certamente anseia aumentar a receita depauperada.
Explicando
Antes, era necessário apresentar comprovante de matrícula no 9º ou 10º período para, em caso de aprovação no exame, garantir a carteirinha da OAB.
Vídeo polêmico
Repercutiu mal o vídeo em que o advogado criminalista Cláudio Dalledone Jr. aparece “esganando” sua assistente, Maria Eduarda Lacerda, durante o julgamento do homicídio de Tatiana Spizer.
Espetáculo
Dalledone Jr. diz que a cena foi devidamente ensaiada. Maria Eduarda, que chegou a perder o equilíbrio e se apoiou em uma mesa para não ir ao chão, afirmou que se sentiu honrada com a dinâmica e não se viu, em hipótese alguma, subjugada.
COLUNA PUBLICADA NO DIÁRIO INDÚSTRIA E COMÉRCIO EM 12 DE MAIO DE 2021
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